Além disso, ele terá de pagar multa de R$ 25 mil a título de indenização.
O meio-campista Marcos Vinícius Alves Barreira está proibido de jogar futebol profissional no Brasil. Alvo de denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO), que deflagrou a Operação Penalidade Máxima, ele, que é conhecido como Romário, recebeu o banimento do esporte como punição no julgamento sobre apostas realizado na segunda-feira 29 pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
No STJD, a decisão pelo banimento de Romário se deu por unanimidade. Além disso, o atleta terá de pagar multa no valor de R$ 25 mil. Ele foi enquadrado no artigo 242 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que, em geral, trata de quem promete vantagem indevida a outra pessoa — um atleta ou dirigente, por exemplo — para que se influencie o resultado da partida ou prova (dependendo da modalidade em questão).
A punição se deu porque, conforme a denúncia do MPGO, Romário foi além de aceitar dinheiro para influenciar o resultado de um jogo de futebol. Ele tentou convencer outros jogadores do Vila Nova de Goiás — time em que jogava na ocasião, em 2022 — a participarem do esquema.
Um dos jogadores abordados por Romário também foi punido pelo STJD. O volante Gabriel Domingos foi condenado, por unanimidade, a ficar de fora de práticas esportivas profissionais por 720 dias, além de pagamento de multa de R$ 15 mil. Em troca de mensagens com apostadores, ele afirmou que aceitaria a proposta para prejudicar o Vila Nova, clube que defendia, em algum jogo.
O esquema de apostas na mira do Ministério Público
A Operação Penalidade Máxima teve início a partir de denúncia feita pelo presidente do Vila Nova de Goiás, Hugo Jorge Bravo. O dirigente afirmou que Romário aceitou ganhar R$ 150 mil de apostadores para cometer um pênalti no primeiro tempo do jogo contra o Sport, válido pela Série B do Campeonato Brasileiro do ano passado.
A partir da denúncia de Bravo, o MPGO ampliou as investigações. Dessa forma, a possibilidade de irregularidades em jogos da Série A e de campeonatos estaduais passou a ser monitorada pelas autoridades. O zagueiro Eduardo Bauermann, por exemplo, está afastado do elenco profissional do Santos. Em mensagens com apostadores, ele assume ter recebido dinheiro para receber cartão amarelo em um jogo.
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