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Psiquiatra diz que o apoio à transição de gênero em crianças é irresponsável
Noticias
Publicado em 07/02/2023

Uma influente especialista em disforia de gênero, na Finlândia, se manifestou contra os tratamentos trangêneros para menores e afirmou que a grande maioria das crianças supera a confusão sexual e de gênero.

A “disforia de gênero” como é conhecido o termo, nada mais é que um transtorno, na maioria das vezes passageiro, que faz uma pessoa se sentir desconfortável com seu gênero de nascimento, masculino ou feminino.

Sendo mais comum na infância, a Dra. Riittakerttu Kaltiala, psiquiatra-chefe da Tampere University — sede da maior clínica pediátrica de gênero do país — explicou que 4 a cada 5 crianças que expressam confusão de gênero superam esses sentimentos na adolescência.

Em entrevista  ao Helsinggin Sanomat, um jornal local, a psiquiatra destacou que “é comum no desenvolvimento que as crianças expressem fortemente sentimentos em desacordo com sua biologia” e pediu aos pais que entendam que a maioria das crianças se autocorrige na puberdade.

Desmascarando a ‘ditadura’ transgênero

Infelizmente, existe uma militância que distorce os padrões médicos e científicos, dizendo que as pessoas nascem ‘transgêneros’, ou seja, que não se identificam com o gênero de seu nascimento. 

De acordo com a ‘ideologia de gênero’ ser homem ou mulher é algo relativo e que não tem a ver com o sexo biológico, mas com o “sentir-se homem ou mulher”. 

A ciência biológica, porém, não se baseia em sentimentos, mas em fatos. Muito antes do surgimento da tal ideologia, cientistas e médicos concordavam que eram as pessoas nascidas com genitais ambíguos que apresentavam questões acerca de gênero.

“Genitália ambígua” é o termo utilizado para designar bebês que nasceram com uma Anomalia de Diferenciação Sexual, também conhecida pela sigla ADS. Nessa condição, há uma alteração no desenvolvimento dos genitais, que faz com que seja muito difícil identificar, com absoluta certeza, a qual sexo esse bebê pertence.

Somente em casos assim, antigamente conhecidos como hermafroditismo, é que havia necessidade de acompanhamento médico e psicológico, já que por conta da má formação dos órgãos as pessoas sofriam de alterações hormonais e problemas de cromossomos definidores de sexo.

Como se pode observar, é uma questão de biologia e não de sentimentos. Mas as questões médicas e científicas foram banalizadas, causando uma verdadeira confusão na sociedade atual. 

‘Crianças são propensas a sugestões’

Quanto aos sentimentos causados durante a disforia de gênero infantil, a psiquiatra explica que "é bom monitorar a situação, dar tranquilidade à criança e tratar a ansiedade da família e possíveis problemas relacionados”.

Kaltiala se mostrou particularmente preocupada com a intervenção precoce quando as crianças experimentam “diferentes identidades”, porque são “propensas à sugestões”.

Ela explica que, durante o processo de desenvolvimento na adolescência, as crianças começam a entender quem são. 

Mas, ao permitir que as crianças determinem se devem mudar legalmente seus marcadores sexuais e, posteriormente, passar por tratamentos e cirurgias transgêneros — a maioria dos quais irreversíveis — os adultos estão, de acordo com a médica, frustrando esse processo natural de descoberta e infligindo danos.

‘Crianças estão sendo manipuladas’

intervenção precoce envia à criança a mensagem de que há apenas ‘uma’ escolha a fazer: abraçar o transgenerismo como se fosse o ‘caminho certo’ a seguir.

Os comentários da psiquiatra foram feitos no momento em que os legisladores finlandeses aprovaram uma lei que permite que transgêneros com 18 anos ou mais mudem legalmente o sexo em documentos emitidos pelo governo por autodeclaração.

Ou seja, basta que um jovem se autodeclare homem ou mulher, independente de seu sexo de nascimento e terá seus documentos alterados, sem nem mesmo haver a necessidade de fornecer avaliações psiquiátricas ou um atestado médico. 

Muitos, incluindo o grupo ativista transgênero Seta, estão pressionando para que a lei inclua menores também. Kaltiala, no entanto, se opõe à redução do limite de idade.

A médica finlandesa também se manifestou contra a narrativa frequentemente repetida em apoio à intervenção precoce para crianças que expressam disforia de gênero. 

Crianças cometem suicídio se não passarem pela transição?

Sobre a sugestão de que, se não forem afirmadas em sua identidade sexual escolhida, as crianças cometerão suicídio, a psiquiatra disse se tratar de uma “desinformação irresponsável e até proposital”. 

“Jovens mentalmente saudáveis ​​que vivenciam seu gênero de uma forma diferente de seu corpo biológico não são automaticamente suicidas”, ela destacou.

“Não se justifica dizer aos pais que jovens que vivenciam o transgenerismo correm o risco de suicídio. Existe um tratamento corretivo e o perigo pode ser combatido com o tratamento de redesignação de gênero”, disse a médica ao afirmar que não recomenda intervenção médica até a idade adulta.

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