O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou, nesta segunda-feira (6), uma eventual alteração no Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para conter a alta do dólar. Ele disse que há um processo de “acomodação natural” no câmbio.
– É natural que as coisas se acomodem. Mas não existe discussão de mudar o regime cambial no Brasil. Nem de aumentar imposto com esse objetivo – disse o ministro, em conversa com jornalistas.
Haddad tentou minimizar o insucesso da política econômica brasileira e avaliou que houve estresse no câmbio não só no Brasil como em todo o mundo no fim de 2024. Nesta segunda-feira, mais cedo, o dólar chegou a recuar para menos de R$ 6,10 no mercado à vista, com informações de que o próximo governo dos Estados Unidos pode adotar um conjunto de tarifas menos abrangente do que o esperado.
– Hoje mesmo, o presidente eleito dos EUA deu declarações moderando determinadas propostas que foram feitas ao longo da campanha – afirmou Haddad, ao reforçar o argumento de acomodação do câmbio.
Haddad esteve reunido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no período da manhã nesta segunda. Em nota, a assessoria da pasta disse que o cancelamento das férias do ministro se deveu à recuperação de um familiar que passou por uma cirurgia no fim de 2024. O ministro teria férias nesta segunda e no período de 10 a 21 de janeiro.
*Com informações AE