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Escolas cristãs: Uma grande oportunidade negligenciada por igrejas e investidores?
Opinião em foco
Publicado em 02/04/2024

Hoje, se perguntarmos a qualquer pai e mãe cristãos dedicados à formação moral dos filhos, se eles se preocupam com a doutrinação ideológica nas instituições de ensino do país, sem dúvida a absoluta maioria dirá que sim. Essa pergunta nos faz pensar na seguinte questão: o que falta para que igrejas invistam pesado na abertura de escolas cristãs?

Somos um país conservador, cuja maioria da população defende os valores bíblicos já arraigados em nossa cultura. Porém, temos visto nos últimos anos o fortalecimento de movimentos que, apesar de minoritários, têm promovido uma verdadeira lavagem cerebral de crianças e adolescentes por meio do ensino escolar.

Isso tem sido acompanhado com preocupação por famílias cristãs; muitas delas reféns do aparelhamento ideológico do Estado, pois não possuem condições de colocar os filhos em algumas poucas escolas cristãs famosas, particulares, devido ao custo elevado das mensalidades.

Ao mesmo tempo, o número de igrejas tem aumentado exponencialmente no país, muitas delas com filiais em quase ou em todos os estados. Temos investido em eventos, infraestrutura, mídias e em muitas outras coisas, o que é bom, mas será que não estamos negligenciando a educação dos nossos filhos, a futura Igreja, em um momento onde a guerra cultural que atravessamos tem sido cada vez mais difícil?

Oportunidade
Penso que no cenário atual, igrejas e investidores, cristãos em geral, têm a grande oportunidade de investir na abertura de escolas cristãs, dando aos próprios membros e à sociedade como um todo, a chance de oferecer educação de qualidade e confessional para crianças e adolescentes.

Não me refiro à criação de escolas denominacionais, necessariamente, como algumas que já existem, mas também escolas independentes que podem ser de pequeno, médio ou grande porte, porém confessionais, não apenas vinculadas à uma Convenção, mas também à igreja local, comunitária.

Algumas igrejas até já possuem estrutura para o ensino, com salas e auditório, área de lazer, refeitório e sanitários. Uma adaptação pode ser necessária, visando atender aos requisitos legais para o funcionamento, também, como instituição escolar. O fato aqui, porém, é que se existe essa possibilidade, ela deve ser explorada para o nosso benefício.

Também penso que este é um excelente nicho para investidores em geral, especialmente os cristãos, considerando a demanda por ensino de qualidade e de confiança em termos de formação moral. Pais e mães estão sedentos por isso, e eles podem ser os seus maiores parceiros para fazer o negócio dar certo.

Conclusão
Se há uma demanda e, principalmente, também uma urgência quanto à defesa dos valores cristãos, o que falta para investirmos pesado na abertura de mais escolas genuinamente cristãs, comprometidas com a proclamação do Reino de Deus e com o ensino de qualidade?

Devemos pensar nisso como Igreja, entendendo que a educação das futuras gerações pode ser o nosso maior trabalho missionário, pois alcança um público que depende da nossa orientação para continuar caminhando segundo a vontade de Deus. Fica aqui o meu alerta e sugestão.

Marisa Lobo possui graduação em Psicologia, é pós-graduada em Filosofia de Direitos Humanos e em Saúde Mental e tem habilitação para Magistério Superior.

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