O veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao projeto de lei que pretendia estender até 2027 a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia preocupa o Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região (SETCESP).
A entidade que representa empresários do transporte rodoviário de cargas (TRC) atuantes na rota entre São Paulo e Santos entende que a decisão do presidente pode trazer impactos negativos não só para o segmento, como para todos os outros setores que eram beneficiados com a desoneração.
A desoneração da folha de pagamento de forma integral substituía a contribuição previdenciária de 20% sobre os salários dos empregados, por uma alíquota sobre a receita bruta do empreendimento, que varia de 1% a 4,5%, de acordo com o setor e serviço prestado.
– Para o setor transportador, haverá impactos diretos no aumento dos custos operacionais das empresas que atuam no transporte rodoviário de cargas, rodoviário e metroferroviário público de passageiros. Isso pode gerar redução dos postos de trabalho e inviabilizar novas contratações, além de aumentar o preço médio das passagens e dos fretes, interferindo diretamente na inflação e no valor de produtos e serviços – diz nota do SETCESP.
E continuou:
– O Sistema de Transporte, representando mais de 164 mil empresas do transporte no Brasil, que geram mais de 2,3 milhões de empregos diretos, contará agora com a sensibilidade do Congresso Nacional para buscar a derrubada do veto.