Durante toda a evolução social experimentada pela História, a família foi fator fundamental de estabilidade e segurança. Nunca teríamos alcançado o elevado grau de desenvolvimento, sem a proteção da família.
Somos um ser que nasce frágil e sem nenhuma condição de sobreviver sem o apoio da mãe, que nos fornece o leite de seu próprio seio, contendo os nutrientes que nos fortalecerão para o resto da vida.
A mãe é um ser sublime que dá a vida pelo filho. Mas também necessita de um companheiro para que, em igualdade de condições, ofereça uma parceria com suprimentos em comum, numa interdependência espontânea que fortalece os vínculos e historicamente dê condições de progressão humana no mais alto nível.
Durante milênios, a estrutura familiar pouco mudou sua composição. Ou seja, pai, mãe e filhos, qualquer um desses entes não conseguiriam evoluir de per si. Portanto, a união familiar, tal qual instituída por Deus, é imprescindível para uma sociedade saudável e em evolução. Sendo assim, a família é o esteio da sociedade conservadora, fazendo parte de todas as nações judaico-cristãs e mesmo as de outras raízes religiosas importantes.
No entanto, no século 19, filosofias ateístas tentaram tirar Deus da humanidade. Para isso criaram teorias comunistas, socialistas, nas quais o Estado poderoso tomaria o lugar de Deus. Assim, para implantar o marxismo, instituíram como alvo a família, que para eles deve ser destruída por meio de liberdade total dos costumes, como, o sexo fácil, a pedofilia, o incesto… Enfim, a intenção era dar aos jovens oportunidade para extravasar todos seus bestiais instintos, como forma de dominação política e social. Lembro à exaustão as teorias de filósofos marxistas, como Granci, Lenin, Mao Tsé-Tung, Stálin e seus áulicos, Fidel, Chaves, Ortega, Maduro, Dirceu e muitos outros.
Faço esse preâmbulo, que poderia ainda ser muito mais extenso, para entrar logo no assunto principal que pretendo abordar: o casamento. A união conjugal entre duas pessoas, que em uma palavra resume essa essência divina. Essa relação tão importante que a Bíblia Sagrada aborda o tema inúmeras vezes, sempre condenando o divórcio. Malaquias 2:16 ensina que Deus odeia o divórcio. Então, surge a pergunta: “Por quê?”. Simples; porque a banalização do casamento cria uma sociedade perversa e pecadora, na qual os valores morais são trocados por flashes de prazer.
A verdade é que uma sociedade promíscua não produz bons frutos, mas sim presas fáceis para o comunismo. Como temos constatado incessantemente, ao vermos essa inversão de valores que têm destruído o alicerce social. Afirmo isso porque, governos de esquerda são pródigos em empregar uma legislação libertária com o intuito de enfraquecer a sociedade familiar e a Igreja. Ou seja, as instituições que freiam o liberalismo libertino que assola o mundo que se diz moderno.
Um estudo estatístico elaborado pela Agência Brasil, empresa de notícias brasileira, constata que em nosso país, a marca de 1 milhão de divórcios extrajudiciais é ultrapassada. Estes são amparados pela lei que permite o divórcio apenas no cartório, a casais sem filhos menores ou incapazes, facilitando sobremaneira um rompimento no matrimônio, sem a necessidade da ação de um juiz que, poderia, como sempre ocorreu, na presença do casal, ponderar se essa atitude não deveria ser reavaliada. A reflexão aconteceria tendo por finalidade valorizar a união que se deu por meio do casamento, podendo muitas vezes evitar um rompimento definitivo, preservando os filhos de terem de se submeter a divisão parental, que é tão nociva à formação da personalidade.
A pesquisadora Klívia Brayner, gerente de pesquisas do registro civil do IBGE, explica que os brasileiros passaram a se divorciar mais em relação ao número de casamentos. Atualmente, são dez divórcios para cada 24 casamentos. Antes eram dez divórcios para cada 30 casamentos realizados.
Nossa súplica a Deus é no sentido de proteger a família contra essas leis de cunho esquerdistas que ferem os filhos no que nos é mais caro: a família. Prometo que lutarei com todas as minhas forças no parlamento, para que possamos dificultar a dissolução do casamento, tão banalizado ultimamente; pois, muitos casais se unem sem a devida maturidade, pela facilidade de que sabem terão em um divórcio fácil concedido no próprio cartório onde se casaram.
Finalizo pedindo a Deus que formemos juízes de casamento com formação intelectual compatível com a magnitude de seu ofício. Para que estes instruam os nubentes sobre a necessidade de se respeitarem e que façam o possível para que essa sublime união seja para sempre. Mesmo sendo pastor abordei aqui, apenas o aspecto secular dessa legislação; pois, nas igrejas o que se prega é o caráter perene do casamento. E pessoas firmes na fé estão de acordo com essa premissa. Peço ainda que o Senhor derrame as mais escolhidas bênçãos celestiais a todos os casais deste país.
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Marco Feliciano é pastor e está em seu quarto mandato consecutivo como deputado federal pelo Estado de São Paulo. Ele também é escritor, cantor e presidente da Assembleia de Deus Ministério Catedral do Avivamento.
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