O recém-nascido sequestrado por uma mulher em uma maternidade na cidade do Rio de Janeiro, recebeu alta e foi para a casa com os pais, na quinta-feira (2).

Ravi foi levado por uma mulher horas após o seu nascimento na Maternidade Municipal Maria Amélia Buarque de Hollanda, no centro do Rio, na madrugada de quarta-feira (1).

O bebê foi sequestrado da enfermaria, no 3º andar da maternidade, enquanto a mãe, Nívea Maria, e a avó, Patrícia, cochilavam. Nívea havia enfrentado uma gravidez de risco.

Após uma denúncia anônima, o recém nascido foi encontrado no início da manhã de quarta por policiais do Comando de Polícia Pacificadora.

O pai de Ravi, Matheus Cunha, e a mãe Nívea Maria Rabelo Moreira, deixaram a maternidade no início da tarde de quinta-feira.

Matheus louvou a Deus pelo resgate do filho e testemunhou a fidelidade do Senhor. “Toda honra e toda glória seja dada ao Senhor. Graças a Deus. Alívio, alívio. Isso é um milagre. Todos vocês são testemunhas desse milagre que aconteceu com o meu filho. Vale a pena ser fiel a Cristo’, declarou ele.

“Agradeço a todos que se mobilizaram, mandaram uma mensagem, divulgaram. A partir de agora é ficar com o meu filho em casa, raciocinar e cuidar da saúde da minha esposa”, acrescentou o pai muito emocionado, na saída da maternidade.

“Deus nos ajudou”

O avô da criança, Davi Figueira, lembrou os momentos de tensão que a família enfrentou. 

“Foram instantes de grande terror psicológicos para a gente. Por mais que existe uma confiança em algo sobrenatural de que o Ravi estaria voltando aos nossos braços, imaginei, por várias vezes, que o meu neto poderia já estar a caminho de uma rota de saída do estado ou até mesmo do país. Imaginei que a gente poderia não vê-lo nunca mais. Assim como existem milhares de casos assim. Deus foi generoso, Deus nos ajudou”, testemunhou Davi.

O sequestro

Cauane Malaquias da Costa, de 19 anos, foi presa após ser flagrada com Ravi em sua casa, no Morro do Borel, a 10 km da maternidade. A polícia chegou até a sequestradora depois de uma denúncia anônima.

Imagens das câmeras de segurança da unidade de saúde mostram a jovem andando pelos corredores com uma bolsa e uma sacola.

A direção do hospital acredita que Cauane tenha colocado Ravi na bolsa e saído do local sem ser notada.