Nesta segunda-feira (16), o governo da Bélgica ativou um centro de crise após ao menos dois cidadãos suecos terem sido mortos a tiros no centro de Bruxelas por um terrorista que conseguiu fugir.
O ataque aconteceu pouco depois das 19 horas (14h de Brasília), na região da praça Sainctelette e da avenida d’Ypres/Ieperlaan, quando o homem começou a fazer disparos com uma arma de grosso calibre e matou os dois suecos, que estavam a caminho de assistir à partida entre as seleções de Bélgica e Suécia pelas eliminatórias para a Eurocopa de 2024 no estádio Rei Balduíno, segundo fontes policiais.
Após o ataque, a polícia reforçou a segurança em torno do estádio. A partida começou a ser disputada e foi suspensa no intervalo, quando o placar estava empatado em 1 a 1.
O porta-voz do centro nacional de crise, Antoine Iseux, disse que o Órgão de Coordenação para Análise de Ameaças (Ocam) elevou o nível de ameaça na região de Bruxelas-capital para 4 (o mais alto) e no restante da Bélgica para o nível 3. O Ministério Público federal assumiu a investigação devido à natureza terrorista do ataque.
Em um vídeo gravado por uma testemunha, que circulou na internet e foi reproduzido pelo jornal esportivo DH, um homem é visto chegando sozinho ao local do crime em uma pequena motocicleta. Ele a joga no chão e começa a abrir fogo.
O atirador, que usava uma jaqueta laranja fluorescente e um capacete branco, atirou primeiro nas duas vítimas que acabaram morrendo e que usavam camisas da seleção sueca.
Em seguida, ele perseguiu várias pessoas que tentavam se refugiar em um edifício e atirou na direção delas e em uma quando já estava caída no chão. Depois, pegou a moto e fugiu.
De acordo com relatos da imprensa local, a jaqueta do agressor é semelhante à usada pelos funcionários da limpeza municipal em Bruxelas.
Várias testemunhas relataram que o homem gritou “Allahu akbar” (“Alá é grande”) enquanto atirava em suas vítimas.
O suposto atirador, Slayem Slouma, postou posteriormente um vídeo em redes sociais no qual afirma pertencer ao Estado Islâmico e se vangloria de ter executado “infiéis”.
Em um discurso muito violento, ele disse que fez o ataque para “vingar os muçulmanos”.
A polícia e os serviços de emergência estão mobilizados para tentar localizar o agressor.
O primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, e os chefes das pastas de Interior e Justiça foram ao Centro Nacional de Crise para monitorar a situação, assim como o prefeito de Bruxelas, Philippe Close.
*EFE