O coordenador do projeto do Drex no Banco Central (BC), Fabio Araujo, admitiu que o cronograma de desenvolvimento da moeda digital do BC brasileiro está atrasado e será revisto. Segundo Araujo, inicialmente estava previsto que a primeira fase do piloto do real digital terminaria entre fevereiro e março de 2024, mas agora deve acabar em maio.
O BC diz que, apesar da mudança, ainda mantém a expectativa de fazer testes com a população na virada de 2024 para 2025 – final do mandato do atual presidente Roberto Campos Neto – grande entusiasta da iniciativa.
Araujo explicou que a conexão das instituições e empresas participantes do piloto à rede do Drex tem sido mais lenta do que o esperado.
O chefe do Escritório de Segurança Cibernética e Inovação Tecnológica do Banco Central, Aristides Cavalcante, disse que há desafios para conexão dos participantes, como a ampliação da infraestrutura tecnológica.
O coordenador do Drex ainda disse que há também um debate grande sobre a escolha da tecnologia de proteção de privacidade.
– Esse é o principal objetivo: fazer transações seguras e aderentes ao estilo do sistema financeiro. A partir do momento em que a gente consiga superar esse desafio, a gente vai conseguir viabilizar um prazo sobre os primeiros casos de uso que estarão acessíveis à população – disse o técnico do BC.
Cavalcante lembrou que, como o Open Finance, a moeda digital permitirá que instituições autorizadas criem novos produtos e serviços para o cliente a partir da rede da CBDC. Fabio Araujo, por sua vez, afirmou que a moeda digital ajudará na prevenção à lavagem de dinheiro e outros crimes no sistema financeiro.
*AE