Economista explica as consequências negativas do fim da política de paridade de importação
Um dos assuntos mais comentados no Twitter, nesta terça-feira (16), foi a notícia de que a Petrobras não mais adotará a política de paridade de importação (PPI) e, assim, o valor do gás, gasolina e diesel terão redução.
A medida foi chamada de “populismo” e a palavra ficou no Trend Topics do microblog, com muitas pessoas preocupadas com o resultado dessa nova política.
A economista Renata Barreto fez algumas considerações sobre o fim da PPI; segundo ela, haverá consequências como o desabastecimento.
– A cotação do petróleo é em dólar e importamos petróleo pela cotação internacional. Mudar a política de preços pode trazer prejuízos se o dólar subir. Ao exportar o óleo, não se pode vender no mercado interno mais barato do que se venderia no exterior, já que quem abastece o mercado interno não é só a Petrobras. Ao praticar preços abaixo do mercado, as outras empresas teriam problemas e, provavelmente, sairiam do país, gerando desabastecimento. E, obviamente, importar com preço internacional e vender a preço doméstico pode gerar prejuízo – ensina.
Renata pontuou também de uma questão pouco esclarecida aos brasileiros: quando o governo fala que o Brasil é autossuficiente em petróleo, se refere apenas a extração, a refinaria, porém, não é autossuficiente e, por isso, o produto é importado.
Outro ponto apresentado pela especialista é o histórico de má gestão do Partido dos Trabalhadores que em um passado recente usou a Petrobras como instrumento político, resultando em grandes prejuízos para a companhia.