Dia 24 de fevereiro de 2022. Uma data que, mais uma vez, marcou o mundo com sofrimento. Após anunciar que faria intervenções militares na Ucrânia, o líder russo Vladimir Putin, mesmo sendo desacreditado até por analistas políticos, cumpre a promessa e invade o país vizinho e irmão.
A Ucrânia e a Rússia compartilham uma história e cultura comuns, além de muitos laços étnicos e linguísticos. Ambos os países faziam parte da antiga União Soviética (dissolvida em 1991) compartilhando tradições e valores culturais. A língua russa é amplamente falada na Ucrânia, especialmente no leste e sul do país.
Em 2014, a Ucrânia passou a enfrentar um conflito armado no leste do país, envolvendo separatistas pró-Rússia e forças do governo ucraniano. A Rússia tem sido acusada de fornecer apoio militar aos separatistas e de anexar a Crimeia, uma península no sul da Ucrânia neste ano.
Mortes e destruição
A guerra em território ucraniano afetou a vida de sua população, com perdas materiais, deslocamentos e evacuações forçadas, migrações e perdas de vidas humanas – dos dois lados. Famílias se separaram. Há relatos de centenas e até milhares de crianças que foram levadas para a Rússia sem os pais. Casais também tiveram de se separar, já que os homens de 18 a 60 anos precisaram ficar no país para lutar.
Lugares aparentemente seguros como escolas, parques infantis, hospitais, igrejas e seminários teológicos foram bombardeados, deixando um rastro de morte e destruição.
A igreja se mobiliza
Para socorrer as vítimas da tragédia provocada pelo ser humano – a guerra pode ser evitada –, diversos pastores e evangelistas locais e estrangeiros, além de organizações missionárias, começaram a trabalhar tanto dentro da Ucrânia quanto nas fronteiras, especialmente com a Polônia, onde ocorria o maior fluxo migratório.
Além da ajuda humanitária, com distribuição de roupas (o inverno é bastante intenso na região), alimentos e remédios, centenas de refugiados recebiam abrigos, inclusive em igrejas, que se transformaram em grandes alojamentos. Eles também tiveram apoio espiritual, sendo evangelizados, recebendo Bíblias e orações por conforto.
Relatos de pessoas se entregando a Jesus, tanto em território ucraniano, pelo trabalho de pastores que decidiram permanecer no país, quanto nas fronteiras, chegavam constantemente, além de inúmeros milagres.
Orações e intervenção divina
Em meio ao drama da guerra, centenas de testemunhos chegaram sobre a intervenção de Deus em diversas circunstâncias.
Separamos alguns para destacar aqui.
- Conversões e Batismos:
Um pastor ucraniano começou uma igreja em ponto de ônibus, para atender as pessoas. Um casal, desanimado e abatido pelo vício do álcool, se tornou o primeiro membro da igreja a céu aberto.
Em meio a guerra na Ucrânia, graças a uma ação social de uma igreja, 93 pessoas conheceram o amor de Jesus e foram batizadas, em janeiro deste ano.
- Bomba não explodiu:
Bomba atravessou telhado sem explodir e caiu ao lado da Bíblia, poupando a vida de um casal e seu bebê.
- Livramento em ataque:
Em meio ao ataque cruel das tropas russas em Bucha, uma congregação inteira de 167 cristãos, junto com o pastor, recebeu livramento de Deus, enquanto se escondiam no porão da igreja.
- Libertados milagrosamente:
Um pastor ucraniano foi libertado milagrosamente de prisão russa.
10 missionários foram libertados após terem sido sequestrados por russos.
NÚMEROS DA GUERRA ATÉ AGORA
441 ucranianos se entregaram a Jesus na fronteira em um único dia
500 igrejas e templos foram destruídos na Ucrânia
10 mil Bíblias enviadas e distribuídas a soldados ucranianos
300 mil mortos, entre civis e militares ucranianos e russos
300 mil ucranianos resgatados por ministério cristão (Rede envolvida: 20 denominações cristãs, 60 organizações e ministérios, 500 igrejas)
8 milhões de refugiados ucranianos (19% da população)
17,6 milhões de pessoas ainda necessitam de assistência humanitária